FUNDADORES E EX-PRESIDENTES

Helena Petrovna Blavátskaya  nasceu no Império Russo, atualmente na Ucrânia30 de julho – 31 de julho de 1831 (c. juliano) (12 de agosto de 1831 (c. gregoriano)) — Londres8 de maio de 1891). Conhecida como Helena Blavatsky ou Madame Blavatsky, foi uma prolífica escritora russa, responsável pela sistematização da moderna Teosofia e cofundadora da Sociedade Teosófica. Personalidade complexa, dinâmica e independente, desde pequena Helena Blavatsky mostrou possuir um caráter forte e dons psíquicos incomuns, e logo em torno dela se formou um grupo de homens e mulheres sérios com fins de estudo do que foi conhecido como TEOSOFIA, Sabedoria dos Deuses, na tradução grega. Imediatamente após um casamento frustrado, deixou o esposo e partiu em um longo período de viagens por todo o mundo em busca de conhecimento filosófico, espiritual e esotérico, e nesse intervalo, entrado em contato com vários mestres de sabedoria ou mahatmas e deles recebido na condição de discípula um treinamento especial para desenvolver seus poderes paranormais de forma controlada, a fim de que pudesse servi-los como instrumento para a instrução do mundo ocidental. A partir de 1873 iniciou sua carreira pública nos Estados Unidos, e em pouco tempo se tornou uma figura tão celebrada quanto polêmica. Exibiu seus poderes psíquicos para grande número de pessoas, deslumbrando a muitos e despertando o ceticismo em outros, que não raro a acusaram de fraude, muitas vezes com boas evidências. A controvérsia a acompanhou por todo o resto de sua vida. Nos Estados Unidos estabeleceu uma duradoura aliança de trabalho e companheirismo com Henry Olcott, com quem fundou a Sociedade Teosófica, e em 1877, Blavatsky publicou sua primeira obra importante, Ísis sem Véu, já tendo escrito antes inúmeros artigos. Pouco depois ela e Olcott transferiram a sede da Sociedade para a Índia, e passaram a viver lá, até que um incidente, o Caso Coulomb, abalou gravemente sua reputação internacional, quando foi declarada culpada de fraude num relatório publicado pela Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Londres que  e já se manifestou em retratação a Madame Blavatsky ,cem anos depois ( ler H.P. Blavatsky e a Sociedade Para Pesquisas Psíquicas, Editora Teosófica,2016). Após esse relatório, Blavatsky voltou então para a Europa, onde continuou escrevendo e divulgando a Teosofia. Seus anos finais foram difíceis, estava frequentemente adoentada e envolvida em discussões públicas, tinha de administrar a Sociedade que fundara e que crescia rapidamente, e a quantidade de trabalho que se impunha era enorme. Mesmo assim pôde concluir seu livro mais importante, A Doutrina Secreta, uma síntese de HistóriaCiênciaReligião e Filosofia, e deixar outras obras de relevo, além de profusa correspondência e grande coleção de artigos e ensaios. Blavatsky surgiu em um momento histórico em que a religião estava sendo rapidamente desacreditada pelo avanço da Ciência e da Tecnologia, e que testemunhou o nascimento de uma série de escolas de ocultismo ou de pensamento alternativo, muitas delas com base conceitual pouco firme ou desenvolvendo práticas apenas intuitivas, que ganhavam grande número de adeptos em virtude do fracasso do Cristianismo em fornecer explicações satisfatórias para várias questões fundamentais da vida e sobre os processos do mundo natural. A importância da contribuição de Blavatsky foi, então, reafirmar o divino, mas oferecendo caminhos de diálogo com a Ciência e tentando purgar a Religião institucionalizada de seus erros seculares, combatendo o dogmatismo e a superstição de todos os credos e incentivando a pesquisa científica, o pensamento independente e a crítica da  cega através da razão. Lutou contra todas as formas de intolerância e preconceito, atacou o materialismo e o ceticismo arrogante da ciência, e pregou a fraternidade universal. Sem pretender fundar uma nova religião, sem reivindicar infalibilidade nem se intitulando proprietária ou autora das ideias que trouxe à luz, apresentou ao mundo ocidental uma síntese de conceitos, técnicas e interpretações de uma grande variedade de fontes filosóficas, científicas e religiosas do mundo, antigas e modernas, organizando-as em um corpo de conhecimento estruturado, lógico e coerente que compunha uma visão grandiosa e positiva do universo e do homem. Com isso a Teosofia se tornou, ainda que contestada por vários críticos, um dos mais bem sucedidos sistemas de pensamento eclético da história recente do mundo, unindo formas antigas e novas e provendo pontes entre vários mundos diferentes — sabedoria antiga e pragmatismo moderno, oriente e ocidente, sociedade tradicional e reformas sociais. Influenciou milhares de pessoas em todo o mundo desde que apareceu, desde a população comum a estadistas, líderes religiosos, literatos e artistas.

Nasceu em 1832, no leste dos Estados Unidos, em uma família protestante. Passou a infância na fazenda do pai e ali estão suas raízes para a vocação em agricultura. Criou uma fazenda-modelo de Agricultura Científica e foi um dos fundadores da primeira Escola Científica de Agricultura dos EUA. Casou-se em 1860 e, no ano seguinte, quando começou a Guerra Civil nos EUA, alistou-se no exército dos estados do Norte, contrários à escravidão, onde mostrou grande bravura. Nessa época, foi incumbido de fazer um inquérito sobre fraudes no Órgão de Alistamento, evento que conduziu corajosamente durante 4 anos e, por isso, recebeu elogios e foi promovido a Coronel, ocupando outros altos cargos no Exército e na Marinha. Em 1868 saiu do Exército e se tornou advogado, profissão que lhe garantiu bons resultados financeiros, com os quais, mais tarde, ajudaria a Sociedade Teosófica. Interessado no Espiritismo, principalmente pelos fenômenos espíritas, em 1874 – ano em que sua esposa se separou dele – Olcott foi à Fazenda dos irmãos Eddy, onde se dizia que ocorriam tais fenômenos. Foi lá que encontrou Helena Petrovna Blavatsky pela primeira vez. Na Carta 45 há um relato do Mahatma Morya sobre o encontro dos dois: Olcott e H.P.B. “Nós a enviamos para a América; fizemos com que se encontrassem – e o experimento começou.” Os dois, juntamente com outras 15 pessoas, fundaram a Sociedade Teosófica em 17/11/1875, em Nova York. Olcott foi eleito presidente – e ficou na presidência até sua morte em 1907. Ainda na Carta 45, o Mestre Morya fala sobre Olcott e sua natural liderança: “Olhando ao redor, encontramos na América o homem para ser o líder, um homem de grande coragem moral, altruísta e possuidor de outras boas qualidades.” No final de 1878, o coronel viajou com H.P.B. para a Índia (via Londres). Devido aos serviços prestados ao seu país, Olcott recebeu do Presidente dos EUA uma carta de recomendação a ser apresentada a embaixadas e consulados americanos na Ásia. Em Bombaim (hoje Mumbai), H.P.B. e Olcott estabeleceram o “Quartel General” da S.T. Olcott deu palestras sobre Teosofia em várias cidades e organizou a primeira Feira Swadeshi, onde se vendiam somente produtos indianos (sendo que os colonizadores britânicos permitiam a venda apenas de produtos comercializados por eles). Em 1880, Olcott foi ao Sri Lanka (na época: Ceilão), onde se lançou na defesa e no revigoramento do budismo. Ele viajava em carro de boi, visitando centenas de vilarejos e sendo ouvido por milhares de pessoas. Escreveu o livro Catecismo Budista, publicado em 1881 em cingalês e inglês. O livro teve um enorme sucesso, editado várias vezes e traduzido para cerca de 20 línguas. Olcott conseguiu a liberdade religiosa para os budistas e a instituição do festival budista de Wesak como feriado nacional, e promoveu a união de vários ramos budistas. Em 1882, H.P.B. e Olcott compraram uma grande área em Adyar, perto de Madras (hoje Chennai), no sudeste da Índia, e transferiram a sede mundial da S.T. para lá. No mesmo ano, Olcott descobriu que tinha um poder natural de cura. Começou a viajar pelo Ceilão e pela Índia curando milhares de pessoas. No ano seguinte, os Mestres solicitaram que ele parasse essa atividade e se dedicasse a administrar a S.T. e a difundir a Teosofia. A partir de 1883, Olcott incentivou a criação de escolas “religiosas”, de associações e bibliotecas para jovens hindus, e também criou escolas para os párias. Entre os anos de 1885 e 1887, publicou os livros Theosophy, Religion, and Occult Science [Teosofia, Religião e Ciência Oculta], The Hindu Dwaita Catechism [O Catecismo Hindu Dvaita] e The Golden Rules of Buddhism [As Regras de Ouro do Budismo]. Em 1886, criou a importante Biblioteca de Adyar, na qual estão reunidos inúmeros escritos sobre Teosofia e as grandes religiões, inclusive documentos raros. Em 1892, começou a escrever seu diário “Folhas de um Velho Diário” (Old Diary Leaves), obra importante para se conhecer a história da S.T. até 1898. Divulgou a S.T. e fundou Lojas Teosóficas, trabalhando também em prol do budismo. Com esse propósito, fez inúmeras viagens pela Índia e por outros países asiáticos. Como Presidente da S.T. viajou ainda para outros continentes, principalmente a Europa. H.P.B. disse que Olcott foi colocado “na liderança executiva de um dos mais difíceis movimentos na história do pensamento humano”, a Sociedade Teosófica. O Mahatma K.H. afirmou na Carta 5: “….um homem capaz de dormir em qualquer cama, trabalhar em qualquer lugar, confraternizar com qualquer pobre sem casta, suportar qualquer sofrimento pela causa… Onde poderíamos encontrar dedicação igual?”

Annie Wood Besant foi escritora, erudita, militante socialista, maçom, ativista e defensora dos direitos das mulheres, uma das mais notáveis oradoras da sua época e autora de uma vasta obra literária sobre Teosofia. Nascida em Clapham Town, Londres, Reino Unido, em 1º. De outubro de 1847, Annie Besant, ao longo de sua vida fundou a Ordem Teosófica de Serviço. Annie Wood Besant sempre foi uma pessoa de grande entusiasmo. Quando adolescente era tão impressionada com o anglo-catolicismo que ninguém estranhou sua resolução em casar-se com o reverendo Frank Besant, membro do clero anglicano. Mas, até mesmo por divergências doutrinárias, o casamento não durou seis anos. Segundo um amigo, ela “não podia ser noiva do céu, então tornou-se noiva do Senhor Frank Besant, que dificilmente seria um substituto adequado”. Feminista, foi a primeira inglesa a defender o uso de anticoncepcionais e chegou a ser presa, em 1877, acusada de vender “literatura obscena” – a saber, folhetos sobre controle de natalidade. Anos depois alistou-se na Sociedade Fabiana, a pedido do amigo e companheiro socialista, o escritor George Bernard Shaw. Em 1889, entrou para a Sociedade Teosófica após ter conhecido Helena Petrovna Blavatsky, devido a uma resenha que escrevera sobre A Doutrina Secreta. Acabou sucedendo HPB na Secretaria da Sociedade Teosófica após a morte desta. Enquanto esteve no comando da Sociedade Teosófica, não obstante todas as dificuldades impostas, Annie Besant criou a Ordem Teosófica de Serviço, adquiriu um jornal diário em Madras (Índia) e foi em grande parte devido aos seus esforços que a Universidade Central Hindu foi formada. Durante a Primeira Guerra Mundial, lutou intensamente pela autonomia da Índia e foi colocada em prisão domiciliar pelas autoridades coloniais inglesas. Em 1917, com a presença de Ghandi e de outros líderes indianos, Besant, aos 70 anos, foi empossada no cargo de Presidente do Congresso Nacional Indiano, título honorário, porém o mais elevado que o povo indiano podia conceder. Escreveu vários livros, dentre os quais destacam-se Brahmavidya, Karma, Introdução ao Ioga, A Doutrina do Coração, Os Sete Princípios do Homem, Dharma, A Vida Espiritual e Cristianismo Esotérico. Annie Besant deixou um legado de luta e um exemplo de força. Faleceu em 1933, aos 85 anos, em Adyar, onde foi cremada de acordo com os ritos hindus.

(1878–1945) foi um teosofista, educador, escritor e editor inglês. Ele serviu como o terceiro presidente da Sociedade Teosófica, de 1934 a 1945. George Sydney Arundale nasceu em 1º de dezembro de 1878, em Surrey, Inglaterra, o filho mais novo do reverendo John Kay, um ministro congregacional. Sua mãe morreu durante o parto e George foi adotado por sua tia, Francesca Arundale. Miss Arundale ingressou na Sociedade Teosófica em 1881 e frequentemente recebia Madame H. P. Blavatsky em sua casa, em Londres. George tornou-se membro em 1895 e juntou-se à Loja de Londres. A. J. Hamerster relatou o carinho que, tanto HPB quanto o Coronel Olcott, tinham pelo menino. O jovem George foi orientado por algum tempo por C. W. Leadbeater, junto com Dennie Sinnett e C. Jinarājadāsa, depois frequentou escolas na Alemanha, na Itália e na Inglaterra. Em 1900,  se formou no St John’s College, Cambridge. Quando tinha dezessete anos, George foi admitido na Loja de Londres por A. P. Sinnett. Dois anos depois, a convite da Dra. Besant, ele foi para a Índia com sua tia para se tornar professor de História e Inglês no Central Hindu College, Benares (atual Varanasi). Em 1907, foi nomeado diretor da Central Hindu College School e, em 1909, diretor da faculdade. Ele era muito popular entre professores e alunos, pois tinha uma grande compreensão dos jovens. Clara Codd lembrou que enquanto Arundale andava, ele tinha “meninos indianos pendurados em cada braço. Ele gostava muito de seus alunos e eles gostavam muito dele.” Acompanhou pela primeira vez o Sr. J. Krishnamurti e seu irmão Nityananda à Europa para ajudá-los em sua educação. Arundale foi nomeado diretor da antiga Universidade Nacional de Madras (hoje Chennai), onde o grau honoris causa de Doutor em Letras foi confirmado para ele. O diploma foi assinado por Rabindranath Tagore. Em 1918, tornou-se secretário da Sociedade para a Promoção da Educação Nacional, que fornecia apoio a universidades, faculdades e escolas indianas. Como registrador, ele gerenciava a lista de associados e cobrava taxas de assinatura. Em 1920, o Sr. Arundale casou-se com Srimati Rukmini Devi, que “foi a primeira senhora brâmane conhecida a quebrar a casta ao se casar com um estrangeiro.” Ela o acompanhou em suas turnês de palestras pelo mundo e tornou-se bem conhecida pelos teosofistas em muitos países.Ele foi preso em prisão domiciliar, com Annie Besant e B. P. Wadia, por três meses em 1917. Sua biografia oficial afirma: “De 1924 a 1926, ele foi presidente do Sindicato Trabalhista de Madras, ao qual foi fundamental na formação e por meio do qual conseguiu garantir um salário mínimo mais alto e menos horas de trabalho para o trabalhador. Tornou-se Secretário-Geral na Austrália em 1926, onde, além de seus deveres teosóficos, se envolveu em trabalho humanitário e político. Quando Annie Besant morreu em 1933,  Arundale foi eleito presidente da Sociedade Teosófica e começou a partir de 1934 a elaborar um Plano de Sete Anos que incluía o desenvolvimento de Adyar e garantir a solidariedade da Sociedade. Em 1935, foram publicados três livros do Dr. Arundale, nos quais ele expôs suas concepções de valores humanos e espirituais: “Você”, “Liberdade e Amizade” e “Deuses no Devir”. Em 1936 ele presidiu o Quarto Congresso Teosófico Mundial em Genebra. Arundale tornou-se maçom em 1902, ingressando na Ordem Le Droit Humain. Em 1926, tornou-se Bispo Regional da Igreja Católica Liberal na Índia. Rukmini, a esposa,  escreveu sobre seus últimos anos: “De 1942 em diante, a saúde de Arundale piorou lentamente. Ele era uma pessoa tão alegre e sem queixas que nunca soube o quão gravemente doente ele estava. Ele era diabético, mas por causa de seus princípios não tomava medicamentos produzidos pela matança de animais. Eu o incomodava para que fosse comigo em minhas turnês de dança, sem perceber o grande esforço que ele estava fazendo para me agradar. Até o último momento tive certeza de que ele ficaria curado. Ele sempre esteve lá para cuidar das coisas, mas também estava me preparando de muitas maneiras para me manter sozinha. Ele faleceu em 1945.

Curuppumullage Jinarajadasa foi autor, ocultista, maçom e teosofista no Ceilão. O quarto presidente da Sociedade Teosófica, Jinarajadasa foi um dos principais autores teosóficos do mundo, tendo publicado mais de 50 livros e mais de 1.600 artigos em periódicos durante sua vida. Seus interesses e escritos incluíam religião, filosofia, literatura, arte, ciência e química oculta. Ele também era um linguista raro, que tinha a capacidade de trabalhar em muitas línguas européias. Jinarajadasa nasceu em 16 de dezembro de 1875 no Ceilão (atual Sri Lanka) em uma família de pais cingaleses. Ele foi um dos primeiros alunos do Ananda College, Colombo. Em 1889, quando Charles Webster Leadbeater, o primeiro diretor do Ananda College, foi convidado por A.P. Sinnett para voltar à Inglaterra para ser tutor de seu filho, Leadbeater concordou e também trouxe um de seus alunos, Jinarajadasa, para a Inglaterra com ele. Graças a Leadbeater, Jinarajadasa foi para o St John’s College, em Cambridge, onde estudou línguas orientais e quatro anos depois obteve seu diploma em Línguas Orientais. Ele então voltou ao Ceilão e tornou-se vice-diretor do Ananda College em Colombo. Jinarajadasa voltou à Europa para estudar na Universidade de Pavia, na Itália. Ele logo se tornou proficiente em italiano, francês, espanhol e português. Durante sua vida, Jinarajadasa viajou para muitos países, apesar de todas as dificuldades da guerra naquela época, por seu devotado serviço à Sociedade Teosófica. Ele também viajou para a América do Sul, onde deu palestras em espanhol e português e fundou centros de atividade da Sociedade Teosófica. Ele foi vice-presidente da Sociedade Teosófica de 1921 a 1928. Após a morte de George Arundale em 1945, Jinarajadasa tornou-se presidente da Sociedade Teosófica. Em 1949, fundou a Escola de Sabedoria em Adyar, que atraiu estudantes de vários países. Ele também era maçom, juntando-se ao Le Droit Humain, também conhecido como Co-Maçonaria. Curuppumullage Jinarajadasa foi presidente da Sociedade Teosófica até sua morte em 18 de junho de 1953, nos Estados Unidos. Em 11 de novembro de 1916 (em Kensington, oeste de Londres), Jinarajadasa casou-se com a feminista britânica Dorothy May Graham, que fundou a Women’s Indian Association (WIA) em Adyar com Annie Besant em 1917. Ela o acompanhou em suas viagens pelo mundo durante alguns anos. Em certa fase de sua vida, ele residiu no Brasil. Em 1953, ele recusou a renomeação como presidente da Sociedade Teosófica devido a problemas de saúde e instalou Nilakanta Sri Ram como seu sucessor. Ele visitou a América, onde morreu em 18 de junho de 1953, na sede nacional da Sociedade Teosófica. Seu corpo foi cremado; metade de suas cinzas foi enviada para Adyar para depósito no Jardim da Memória. O restante foi mantido na América até o final da década de 1990, quando foi depositado em um Jardim Americano da Memória (American Garden of Remembrance) criado para recebê-lo.

Nilakanta Sri Ram ou Nilakantha Sri Ram (N. Sri Ram): Nasceu em 15 de dezembro de 1889 em Thanjavur, Tamil Nadu, Índia; morreu em 8 de abril de 1973 em Adyar, Índia. Foi maçom e presidente da Sociedade Teosófica durante vinte anos. Em seus primeiros anos, Sri Ram trabalhou com Annie Besant em diversas funções. Sri Ram foi professor no Besant Theosophical College em Madanapalle, na Escola Nacional em Bangalore e na Universidade Nacional da Índia em Chennai. N. Sri Ram foi o último presidente da ST a ter contato com o presidente-fundador, Coronel Olcott. Ele representou um elo com as origens da Sociedade e do seu trabalho, não só historicamente, mas sobretudo espiritualmente. A filha de Sri Ram, Radha Burnier, foi a sétima presidente da Sociedade Teosófica de Adyar, de 1980 a 2013. Tornou-se presidente da Sociedade Teosófica em 1953 e permaneceu nesse cargo até sua morte em 1973. Ele também foi membro do Le Droit Humain.

John Balfour Symington Coats nasceu em 8 de julho de 1906 em Ayr, South Ayrshire, Escócia. Seu pai, Ernest Coats, diretor da antiga empresa de fabricantes de linhas de Paisley, conhecida internacionalmente como J&P Coats. Em 1917, Ernest Coats comprou o antigo Castelo de Sundrum. John foi educado no Eton College, na Inglaterra, de 1918 a 1924, e estudou francês na França. Esteve envolvido nos negócios da família durante cerca de cinco anos, três dos quais passou em Viena, onde aprendeu alemão. A empresa fabricava fios de seda e algodão e materiais de costura. Foi em Viena que o jovem conheceu a Teosofia através de um encontro casual com um estranho. Dentro de um ano, ele se juntou à Sociedade.Quando voltou a Londres para trabalhar na Bolsa de Valores, conheceu sua futura esposa, Elizabeth Ann Horlick e em 31 de outubro de 1933 se casaram e moraram na Inglaterra. O casal teve cinco filhos, um dos quais morreu muito jovem. O Sr. Coats atuou como presidente do Centro Juvenil em Londres. Tanto John quanto  Elizabeth eram ativos nas atividades da Federação Mundial de Jovens Teosofistas. Em 1962, ele se tornou chefe dessa organização depois que Rukmini Devi Arundale renunciou ao cargo, e continuou esse trabalho até 1974. Sr. Coats frequentemente se juntava ao Dr. Arundale e sua esposa Rukmini Devi em suas viagens ao redor do mundo. Sua capacidade de dar palestras em francês, espanhol e alemão ajudou-o a ser um embaixador da boa vontade da Sociedade Teosófica. Com a aproximação da Segunda Guerra Mundial, ele se juntou ao Grupo de Oxford chamado “Rearmamento Moral”, que trabalhava para se opor à ascensão do nazismo. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Sr. Coats serviu como Secretário-Geral da Seção Inglesa. Após a guerra, de 1946 a 1948, ele e Betsan (sua esposa) deram palestras extensivamente para a Sociedade durante três anos, nos EUA, Canadá, México e Cuba, muitas vezes seguindo itinerários completamente separados. Betsan Coats e o seu marido fundaram uma organização em 1952 chamada “Asas da Amizade” para ajudar a reabilitar pessoas deslocadas que ainda viviam em campos na Alemanha, Áustria, Itália e Grécia. Em 1953, o Sr. Coats foi eleito Secretário da Federação Europeia da Sociedade Teosófica, uma organização de mais de vinte seções nacionais. Durante esse período, ele lecionou em várias lojas. Ele assumiu a presidência da federação em 1959, e ocupou esse cargo até 1968. Suas viagens nesse período o levaram à América do Norte e do Sul, Austrália, África, Israel e diversas vezes à Índia. A pedido do Presidente N. Sri Ram, organizou o Congresso Mundial em Salzburgo, Áustria, que ocorreu em 1966. Em 1973, o Presidente Internacional Nilakanta Sri Ram faleceu e o vice-presidente James S. Perkins assumiu temporariamente e supervisionou o processo eleitoral, no qual foram indicados muitos bons candidatos: Rukmini Devi Arundale, Joy Mills, Radha Burnier, James S. Perkins e outros. Em 10 de novembro, após a eleição de 1973, ele assumiu o cargo de Presidente da Sociedade Teosófica e Joy Mills tornou-se vice-presidente. A sua presidência foi marcada pelos esforços para chegar ao público em geral. Ele morreu exercendo o cargo, em 26 de dezembro de 1979, dia de abertura da Convenção Internacional anual em Adyar.

Radha Burnier (nasceu em 15 de novembro de 1923 e morreu em 31 de outubro de 2013), em Adyar, Índia. Foi presidente da Sociedade Teosófica de 1980 até sua morte em 2013. Foi secretária-geral da Seção Indiana da Sociedade entre 1960 e 1978 e anteriormente foi atriz, tendo atuado no filme The River, de Jean Renoir. Radha Burnier era filha de Nilakanta Sri Ram (que também foi o quinto presidente da ST) e de Srimati Bhagirathi.  Radha foi educada em escolas teosóficas e foi aluna da escola de dança clássica indiana de Rukmini Devi Arundale (Fundação Kalakshetra). Ela frequentou a Universidade Hindu de Benares, onde obteve um bacharelado com distinção e um mestrado em sânscrito, ficando em primeiro lugar naquela universidade. Ela desempenhou um papel fundamental no filme de Jean Renoir, The River (Le Fleuve), de 1951, e apareceu em diversos filmes indianos, apresentada simplesmente como “Radha”. Radha Burnier foi casada com Raymond Burnier, um fotógrafo suíço que veio para a Índia em 1932. Ela ingressou na Sociedade Teosófica em 1935 e foi presidente em núcleos de jovens e em diversas Lojas por vários anos. Foi presidente da Federação Teosófica de Madras (1959–63) e bibliotecária e trabalhadora na Seção Indiana da ST (1945–51). Ela era membro do Conselho Geral da ST desde 1960, e fazia parte do comitê executivo, do comitê de finanças e do conselho da Editora Teosófica há muitos anos. Ela deu palestras extensivamente em todo o mundo regularmente desde 1960. Radha Burnier presidiu quatro Congressos Mundiais da Sociedade Teosófica: 1982 em Nairobi, Quênia; 1993 em Brasília, Brasil; 2001 em Sydney, Austrália e 2010 em Roma, Itália. Foi autora de vários artigos no The Theosophist, do qual foi editora desde 1980, e em outras revistas teosóficas. Supervisionou e dirigiu o trabalho da Biblioteca e Centro de Pesquisa de Adyar desde 1954. Radha também traduziu obras em sânscrito para publicação. Radha Burnier foi Chefe do Instituto Krotona de Teosofia em Ojai, Califórnia; O Manor Centre em Sydney; e Presidente do Centro Teosófico Internacional em Naarden, Holanda. Ela foi presidente da Olcott Education Society, da Ordem Teosófica de Serviço (fundada por Annie Besant em 1908), da Besant Education Fellowship e fundou o Movimento Nova Vida para a Índia (1968), que promove a cidadania correta, os valores corretos e os meios corretos entre os indianos. Ela foi membro do “Le Droit Humain” e tornou-se a fundadora e chefe da Ordem Oriental da Co-Maçonaria Internacional. Foi associada próxima de Jiddu Krishnamurti e curadora da Fundação Krishnamurti na Índia. Em 4 de novembro de 1980, a convite dela, Krishnamurti visitou Adyar após uma ausência de 47 anos. Ele caminhou com ela desde o portão principal do complexo até a beira-mar e visitou a praia onde foi descoberto, em 1909, por C. W. Leadbeater. Dois anos depois, em dezembro de 1982, durante a Convenção do Centenário da ST, Krishnamurti plantou uma árvore Bodhi em Adyar. Radha Burnier morreu em sua casa, em Adyar, em 31 de outubro de 2013, às 21h, após um ataque cardíaco. Ela foi cremada no Crematório Besant Nagar, Chennai, e suas cinzas foram colocadas no Jardim da Memória na Sede Internacional da ST em Adyar, local também ocupado pelas cinzas de seu pai (N. Sri Ram).

Timothy Breck Boyd (nascido em 22 de outubro de 1953) é um líder religioso teosofista que foi eleito presidente da Sociedade Teosófica em 2014. Ele sucedeu Radha Burnier, que foi presidente da Sociedade Teosófica de Adyar de 1980 até sua morte em 2013. Boyd nasceu na cidade de Nova York e viveu lá por dezessete anos, até ir para a faculdade na Brown University em Providence, Rhode Island. Da Brown University, ele se transferiu para a Universidade de Chicago, onde se formou com bacharelado em Relações Públicas. Em 5 de outubro de 1974, ingressou na Sociedade Teosófica na América. Juntamente com Bill Lawrence, um membro da ST, e outros, ele fundou uma comunidade espiritual teosófica no centro da cidade de Chicago. O grupo formou a Royal Associates, uma empresa que inicialmente se concentrou na recuperação e renovação de alguns dos edifícios residenciais em deterioração na sua área. A Royal Associates desenvolveria edifícios residenciais para famílias de baixa e média renda. O trabalho da organização ajudou a estabilizar os bairros através da formação e emprego de jovens locais e da criação de casas acessíveis para os residentes da área. Em 1988 começou como conferencista nacional da ST nos Estados Unidos. De 1996 a 2000 trabalhou em serviços de cuidados paliativos como voluntário em uma equipe que envolvia médicos, assistentes sociais e enfermeiros. Em 2007, Boyd tornou-se presidente da Ordem Teosófica de Serviço (OTS) dos EUA. Em 2014, foi eleito presidente da Sociedade Teosófica e assumiu o cargo de oitavo presidente internacional na sede internacional em Adyar, em 27 de abril de 2014. Atualmente, ele divide seu tempo entre a sede da ST em Adyar, na Índia, e o Olcott Estate em Wheaton, Illinois, onde mora com sua esposa, Lily, e sua filha, Angelique.